Ultrapassando o muro
Às vezes, erguemos um muro em torno de nós mesmos para que as mazelas da realidade não nos atinjam. Entretanto, essas mazelas são necessárias para que, uma vez destruída a fortaleza, ela se reerga cada vez mais forte, com materiais mais sólidos e impenetráveis. E, para isso, é preciso sair desse centro de si e procurar em volta o que há de melhor: as melhores peças, os vizinhos que podem ajudar, os melhores trabalhadores.
O mundo pode não ser o melhor lugar para se estar, mas ainda assim é preciso estar nele. Às vezes, as dores e os sofrimentos fazem com que esqueçamos o verdadeiro propósito de estar aqui. Quando isso acontecer, é imprescindível olhar para dentro de si e ver que não se está sozinho.
Nesses últimos dias, tive meu coração perdido. Não digo que eu o encontrei, ou que as coisas tenham melhorado. Nada mudou, mas percebi que não adianta ficar me lamentando ou achar que minha vida acabou. Estou aqui e tenho que tirar o melhor que a vida pode me oferecer. Ao mesmo tempo, vou ajudando a quem precisar e tentar tornar a vida dos que eu amo e dos que precisam ao menos um pouquinho melhor.
Ultrapassando o muro – texto publicado no meu antigo blog Blog da Lívia Lamblet
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