Do orgulho

Homem branco de barba e apontando pra si mesmo White man pointing to himself

Pra mim, o pior sentimento que existe na sociedade é o orgulho. Dele derivam todos os outros defeitos que imperam, pois é o anti-amor, o contrário da doação. É o auge do não se importar com o próximo e enxergar somente a própria realidade, sem tentar perceber que, além daquilo que se vê, existem muitas outras formas de se pensar e agir.
Todo mundo tem um pouco dele dentro de si. Algumas pessoas, no entanto, chegam ao ponto de amar mais o próprio orgulho do que quem está à sua volta. É triste perceber isso, pois vive-se na era da informação e da tecnologia, e as pessoas estão cada vez mais despersonalizadas e mais avessas à interação, ao contato com o próximo, ao calor do momento. Nesse ínterim, sentimentos como o orgulho tornam-se cada vez mais presentes, assim como o egoísmo.
Na minha prova de Ética da faculdade, tive que falar sobre o que prejudica a sociedade atual. Um dos autores dos textos que li falava exatamente disso. E, se pararmos pra pensar, o mundo está evoluindo tecnologicamente, mas está esquecendo de melhorar a questão ético-moral, aquela que trata de valores como a solidariedade e o perdão.
Talvez esse texto esteja um tanto ou quanto melancólico, mas acho que é imprescindível falar desse tipo de verdade. Ainda há tempo pra melhorar esse mundo.

“O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas”

(Drummond)

Do orgulho – Texto publicado no meu antigo blog Blog da Lívia Lamblet

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